Implante de Silicone

É necessário repouso relativo, de preferência em casa, por 10 a 15 dias. Evitar esforços, movimentos amplos e bruscos com os braços neste período. Dependendo da atividade profissional o afastamento pode ser por mais tempo. Evitar sol e exercícios físicos mais intensos por 3 meses.

Todo procedimento cirúrgico é considerado de risco. Baixo ou alto risco, é preciso considerar a possibilidade. Seria irresponsável dizer que não. É necessário evitar as situações de risco. Para tanto, se deve tomar todas as providências para reduzir ao mínimo esta possibilidade. Tão importante quanto a cirurgia, a preparação ou pré-operatório , é uma fase decisiva para um resultado dentro das expectativas, e com segurança. Possíveis complicações da cirurgia de prótese de mama:

• Hematoma: pode ocorrer principalmente nas primeiras 48h, quando os coágulos dos vasinhos cauterizados ainda estão recentes e vulneráveis. Para evitar, é preciso restringir movimentos com os braços e esforços. Quando ocorre, é preciso retornar ao centro cirúrgico para drenar o hematoma e lavar o espaço.
• Seroma: acúmulo de linfa e gordura liquefeita no espaço onde se encontra a prótese. É mais comum, e geralmente em pequeno volume, que pode sair através de pequeno vazamento pela incisão nos primeiros dias.
• Infecção: raro de ocorrer, pois os cuidados de assepsia durante e depois da cirurgia são rigorosos. Quando ocorre, pode haver a necessidade de retirar a prótese do lado acometido, e colocar outro implante somente quando o processo infeccioso ser completamente eliminado, algumas semanas depois.
• Contratura de cápsula: em volta da prótese se forma uma película cicatricial de proteção, que normalmente é fina e maleável. Se esta película se torna endurecida e rígida, esse processo se chama contractura da cápsula. Em consequência o contorno do seio aparenta deformidade e pode haver desconforto ou dor, mesmo estando a prótese íntegra.

O pós–operatório não costuma ser doloroso. Há o incômodo do inchaço, e por ser a mama formada por tecido glandular com grande sensibilidade, há um dolorimento um pouco mais acentuado que no período pré menstrual.

Não há problema para a futura amamentação. O tecido mamário não é invadido ou cortado, os implantes são colocados abaixo das glândulas mamárias.

Os seios irão aumentar pela hipertrofia glandular (para a produção de leite materno) e algumas pacientes poderão apresentar flacidez mais pronunciada após a regressão do tamanho mamário, e será necessária uma correção futura. Outras pacientes não apresentarão grande mudança, e portanto, não precisam de outro procedimento corretivo.

O implante mamário é feito de material inerte, ou seja, por si só não causam nenhuma reação, mas o organismo o recebe como um corpo estranho. Assim como outros tipos de próteses (prótese de quadril, válvula cardíaca, etc), com o tempo ele sofre desgaste e necessita ser substituído.

As gerações atuais de próteses não indicam necessidade de serem trocadas aos dez anos de uso, pois neste período os casos de adversidades são muito poucos. Assim, a orientação atual é acompanhar anualmente com exames clínicos e de imagem ( usg e/ou mamografia). Em casos de alteração, o cirurgião deve avaliar para decidir a conduta.

Sem dúvida. Existe até uma manobra radiológica de posicionamento para as pacientes com implantes mamários (manobra de Eklund). Com exames específicos com alta sensibilidade, as próteses não impedem diagnósticos de patologias mamárias.